SOGRAS BOAS...EXISTEM!

Carta de uma sogra para a nora
Luz María de la Fuente



Querida filha...

"Esta carta é a que qualquer sogra poderia dirigir à sua nora, se tivesse coragem suficiente para escancarar o coração..."

 Não lhe vou contar nada de novo, mas que importa? 
Também não são notícia as trivialidades que nós, as mulheres, costumamos contar umas às outras:
 Como estão as crianças? Como vão as coisas por aí? Que vai fazer hoje? 
Posso ajudá-la?... , etc. E, no entanto, são o suporte natural dessa convivência cheia de pormenores de carinho, própria das pessoas que se apreciam.

Comecei estas linhas tratando-a por filha, um nome que talvez não lhe devesse dar. Seria uma bobagem chamar-lhe filha, pela simples razão de que "mãe, há uma só". No fundo, porém, como a maternidade tem diversas formas, posso, sim, chamar-lhe "filha", já que na verdade você é uma filha para mim.

A sua chegada à nossa família significou uma confirmação das possibilidades que o carinho nos oferece.Porque o verdadeiro afeto é como uma janela aberta, através da qual se renova a atmosfera da nossa vida e se enche de luz a cotidianidade que nos traz presos ao dia-a-dia: a casa, os filhos, o trabalho, o escritório, o descanso e a diversão. 

Que seria de tudo isso se não estivesse iluminado pela luz do amor, se não se oxigenasse com a pura novidade do apreço e da estima que deve unir as pessoas?
Que seria de você, de mim e de toda a humanidade se, no fundo da nossa existência, não ardesse a chama da convivência e da dedicação? Se você chegasse à sua casa de esposa e não houvesse crianças ou,  pelo menos, a esperança de converter em realidade, quanto antes, esse projeto de que o amor transborde? 
Que seriam para nós, mulheres casadas, essas quatro paredes do lar sem a presença de um marido por quem esperar, de quem cuidar, de quem queixar-se quando deixa as luzes acesas ou livros e papéis espalhados pela casa? 

A que ficaria reduzida a família se, em lugar do afeto, reinasse nela o egoísmo?; se o bebê que chora no berço não soubesse que a mãe virá logo, movida por essa misteriosa mola que funciona sempre e a todas as horas?; se os filhos que chegam do colégio não encontrassem a mamãe sorridente, com a comida preparada e todo o seu tempo livre para eles?

 Que seria de nós sem esses amigos com os quais compartilhamos parte da nossa intimidade, com quem saímos para tomar alguma coisa, para jogar um squash ou para ter uma conversa sobre temas importantes que nos ajudam a melhorar?
 Que seria, enfim, de qualquer marido ou esposa que vagueasse como um sonâmbulo pela tensa e escura incerteza da incompreensão conjugal?

Além de recebermos o sol e o ar puro do carinho autêntico através da simbólica janela do amor, é claro que também damos do nosso carinho. 
A começar pelo olhar - é a primeira coisa que fazemos ao abeirar-nos da janela: olhar! Um olhar que, como espelho da alma, deve ser a promessa de tudo o que estamos dispostos a dar.

Mas, por falar em noras, permita-me contar-lhe que, certa vez, narrei a história de Rute a uma amiga; a sua filha era recém-casada, e tinha problemas com a sogra. Poucos dias depois, tornei a encontrá-la e, consciente de que a Palavra de Deus tem força própria e faz milagres quando não bloqueamos a sua ação, perguntei-lhe como estava a filha.
 A senhora começou a rir com um ar triste.

- "Falei-lhe da história de Rute e disse-lhe que até se pode chegar a gostar da sogra - comentou-me.
- "E o que foi que a sua filha respondeu? - aventurei-me a perguntar...
- "Que quem pensa isso deve ter batido a cabeça quando era criança...
"O caso é verídico. O que não parece tão certo é que seja tão inevitável assim
 (rotular) as pessoas. O correto seria, numa tentativa solidária, situar mentalmente determinados indivíduos fora do seu contexto. 

Explico-me. Não os ver unicamente através do papel que representam na família ou na sociedade, não julgá-los pelas suas circunstâncias atuais. Nessa longa lista de pessoas que poderíamos isolar do emaranhado das suas respectivas vidas, figurariam: as sogras difíceis, os colegas com quem não nos damos bem, alguns doentes excessivamente exigentes, idosos com problemas de comportamento, os chefes coléricos...

Contemplar essas pessoas como pessoas é começar a compreender que todos precisamos de um pouco mais de amor. As vezes, esse amor será simplesmente rezar pela pessoa necessitada. Outras... Mas por que lhe vou repetir tudo isto? 
Nós, as mulheres, avançamos constantemente no amor, a partir da nossa própria família.
"Rute era uma boa nora que tinha, além de uma excelente sogra chamada Noemi, um coeficiente de luz interior 
que lhe permitia compreender por que não se devem desprezar os vínculos impostos pelas circunstâncias. 

Existem para nos enriquecer!

Querida nora ideal, tenho que terminar estas linhas. Obrigada por tudo. Conte comigo. Mas, por favor,  continue a ajudar-nos. Porque a sua juventude e até a sua inexperiência, a força do seu entusiasmo e a sua dedicação à fascinante e árdua tarefa de construir uma família, tudo isso é sempre um exemplo para nós, um livro aberto que nos conta a história do mundo. Uma história de amor para crianças de todas as idades, 
que enternece acima de tudo o coração dos avós.
"A sua incondicional..."




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Um comentário:

  1. Ola meninas, encontrei este site por acaso e resolvi deixar meu depoimento.
    Pois bem sogra boa existe sim! e na maioria das vezes nao è sorte, mas sim esperteza!
    Sabe o maior problema das noivas e futuras esposas è querer ter a todo o custo o amor da sogra! ( conquistar o amor dela è demorado e a paz è um desafio a ser conquistado da mesma forma sò que todos os dias) e isso ta errado e nao funciona! Nao adianta e nao tem sentido querer obter o consentimento da sogra pra tudo! Ela é a sogra! nao é sua mae, nao è e nem sera a sua melhor amiga ( ou vc contaria a ela o tamanho dos amassos de vcs no carro no sofa etc), nao é a sua psicanalista, nao è a sua irma, ou colega de trabalho!!! Nao è o caso de avisar do antigo bom senso na hora de abrir a boca! quanto menos souber de vc! melhor!! nada de querer ir a compras com a sogra! heis ai um perigo!! fazer sala pra ela sim!!!!!!! servir o cafe na sala sim!! ou ta querendo levar ela pra cozinha dando a intimidade? entao sejam mais espertas.
    Quando eu casei, ja tinha duas concunhadas na familia, observei atentamente como elas eram e pensei que puxar saco nao era comigo, moramos todas longe na sogra, mas depois de 18 anos posso dizer à vcs que eu fui muito bem recebida na familia, meu sogro è um amor e minha sogra idem! meu marido nunca precisou me defender, pois nunca fui ofendida. Minha regra è simples.
    -nunca ir visitar ninguem sem avisar com antecedencia.
    -nunca contar detakhes de minha vida( tanto financeira quanto familiar)
    -nunca pedir dinheiro emprestado ( e nao empresto ! pois nao tenho! è obvio).
    -nunca trabalhar com parentes ( ambas as partes)
    -nunca vou de ferias na casa de parentes.
    -Nossas ferias sao organizadas antes e assim tudo pago, nao tem como cancelar e nem levar convidados.
    -Festas? ocasioes especiais. festa de aniversario? nao existe, vamos so nos dois no restaurante, natal? vamos de ferias ( estas ocasioes sao aquelas mais insidiosas, pois sempre tem um disque disque, è o presente, è o vestido, sao os filhos, è a cerveja quente, motivos nao faltam).
    -Festa familiares que nao se pode recusar tais como batizado, casamento, noivados, nascimentos, o segredo è chegar tarde e ir embora cedo ( claro entenda-se tarde uns minutos antes de começar a festa).
    -Nunca more com sogra ( nem com mae ).
    -nunca more perto.
    -nunca peça favor.
    -nunca peça receita.
    -Use sempre as palavras magicas. Por favor, com licença, Ate logo.
    - Ligue em datas especiais. Aniversario, Bodas, etc. e nao sempre ou todo o fim de semana.
    -Se for visitar quando estiveresm doentes, leve flores e nunca chocolates, nao corra risco de ter " levado" chocolate vencido!!!
    -Faça -se de coitadinha sempre!!!! pro seu marido ta entendido? e pra ela use a sua parte " seriona" .
    A minha sogra è sempre bem vinda, nao fica muito, tem semancol, pede se pode me fazer o almoço e quando termina limpa tudo, me pede se pode ajudar passando a roupa, e quando vai embora me abraça emocionada, e me elogia ao meu marido, na familia minhas cunhadas todas me querem bem, nunca fui de ficar na casa delas e vou em ocasioes especiais e quando sou convidada. Mas ja percebi que sou a preferida e minhas concunhadas nao amam essa constataçao, mas eu nao dou bola pra fofoca e portanto trato elas com educaçao e zelo e quando vem me visitar eu cuido de fazer com que minhas visitas se sintam especiais. As crianças me adoram e sabe porque? porque nas festas familiar e perco o meu tempo com elas assim nao fico naquela de medir quem tem o melhor salario, ou o melhor carro ou a casa mais bonita.
    Mas a minha mae è sogra e eu sempre digo a ela quando vejo algo saindo do controle " atenta" ela nao è sua filha, è sua nora, pode se ofender, vai perder sua estima. E minha cunhada, esposa de meu irmao, è um amor e se comportou exatamente como eu, e minha mae nao tem do que reclamar, so tem elogios pra nora. Cada um no seu quadrado.

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